Educação em Ciências

A disciplina Eletiva Laboratório em Ciências II cursada neste semestre 2010/2 proporcionou reflexões sobre o ensino em Ciências. Os argumentos são referente a mudança nas concepções sobre o Ensino de Ciências que, de agora em diante, será chamado de Educação em Ciências. O ensino é entendido por alguns, como o ato centrado na transmissão de informações. Neste sentido, a palavra educação, por sua vez, vai além do ensino: tem como foco, a aprendizagem dos alunos. A Educação em Ciências tem como objetivo tornar informações em meios para a construção de conhecimento, por meio de atividades que possam favorecer a parceria entre professores e alunos nessa caminhada.
O argumento básico da reflexão de um educador é vivenciar as práticas no estudo de Ciências. As vivências do professor serão o incentivo para mudanças que podem ser adquiridas no dia a dia com seus alunos. Isto se evidenciou em Práticas Pedagógicas vivenciadas por mim neste semestre realizado com um grupo de professores no curso de extensão “Trilha Ecológica”. Tinha como proposta vivências dos professores em meio a natureza com oficinas do ar, terra, água, reciclagem e vida silvestre interligando diversas atividades no decorrer da trilha.
Na trajetória PEAD certificamos as habilidades de sermos professores e uma formação de qualidade e competências. No texto da professora Luciane Corte Real, encontra-se suporte teórico para essa reflexão. A autora fala dos efeitos de uma experiência vivida e não previsível. São explicações dadas por um observador. Nesse sentido, ela aponta para Maturana (1999, p. 265) que: "... a realidade que vivemos depende do caminho explicativo que adotamos, e este depende do domínio emocional no qual nos encontramos no momento da explicação". São as práticas pedagógicas que vem se realizando, aplicados em projetos inovadores.

CAPÍTULO 2.3 DA TESE: APRENDIZAGEM AMOROSA NA INTERFACE ESCOLA – PROJETO DE APRENDIZAGEM E TECNOLOGIA DIGITAL de Luciane Magalhães Corte Real, PGIE/UFRGS, 2007.
2.3 O APRENDER COMO TRANSFORMAÇÃO ESTRUTURAL NA CONVIVÊNCIA (HUMBERTO MATURANA

Educação Infantil-Construir novas idéias

A vivência na Escola Montessoriana durante as práticas do estágio me fez construir novas idéias sobre a Educação Infantil dos zero aos seis anos de idade. Tornei-me uma observadora das aprendizagens das crianças na faixa etária de três anos com as experiências realizadas durante o estágio. A princípio busquei na teoria de Montessori os argumentos para justificar os acontecimentos da sala de aula. Montessori (1975) através do estudo da criança e de suas experiências afirma que a linguagem escrita pode ser adquirida por crianças de quatro anos mais facilmente do que por aquelas de seis anos, para as quais começa geralmente a educação obrigatória. Montessori se refere a uma escrita espontânea que ela chamava de "explosão da escrita". O que se pretende na escola Montessoriana é que quando a criança escrever, aquele impulso tenha partido de dentro dela, revelando o seu mundo interior e não seja, apenas, a cópia comum de uma cartilha.
De fato aconteceu com alguns alunos na prática do exercício com a análise do som das letras. O aluno de 3 anos escreve com a caligrafia correta o som da letra inicial do seu nom "C" durante o exercício. Para mim foi uma surpresa mas para a escola esse acontecimento é normal, porque as crianças desde muito pequenas desenvolvem habilidades através de exercícios para a coordenação dos movimentos e conquista de uma maturidade psicomotora. Para Montessori (1975) quanto mais uma criança tiver oportunidade de usar suas mãos na "descoberta", maior será seu desenvolvimento mental e mais forte será o seu caráter. Para garantir a prática dos pressupostos de Montessori a escola oferece aos aprendizes um ambiente preparado com materiais de desenvolvimento de caracteristicas bem definidas, permitindo à criança chegar gradualmente e de acordo com seu ritmo, à conquista de novos conhecimentos.
A Educação Montessoriana tem 100 anos na prática de proporcionar possibilidades a cada criança para que construa o adulto, num processo pessoal em que é agente de sua própria educação: aprendendo a aprender, aprendendo a fazer, aprendendo a ser, como a UNESCO propõe aos educadores para o 3° milênio.

O autor Celso Antunes(2006) considera a Educação Infantil uma prioridade imprescindível. Para ele a Educação Infantil é tudo que significa "tudo aprender e tudo fazer" e argumenta: [...] a ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases para as competências e habilidades que que serão desenvolvidas ao longo da existência humana.[...]
No PEAD, na disciplina Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, estudamos sobre a Escola da Ponte onde as crianças são tratadas como crianças e não como alunos. Na iniciação cada aluno vai aperfeiçoando, até atingir a capacidade de prever uma gestão equilibrada dos tempos e dos espaços de aprendizagem. A criança revela competência de auto-planificação e avaliação de pesquisa e trabalho em pequeno e grande grupo.
Quando do conhecimento da Escola da Ponte, imaginava se possível existir uma escola assim.Hoje, com as vivências do estágio na Escola Montesoriana onde não presenciei indisciplina. Uma educação com atenção especial a Liberdade, o aluno adquire consciência de si mesmo, do outro, da sociedade e da escolha. Desenvolve a independência e a capacidade e a aquisição de regras sociais.Para nós educadores é preciso buscar na educação o caminho para fortalecer a crença de que se é capaz de criar e agir a mudança. Isto porque nos encontramos diante de tantas situações onde precisamos nos posicionar. Temos as referências teóricas e as vivências práticas é so escolher.
MONTESSOR, A Criança, Tradução de Luiz Horácio da Matta em 1975
Texto postado no Rooda Fazer a Ponte de José Pacheco- tema:Uma escola sem muros

ANTUNES, Celso. Educação Infantil - Prioridade Imprescindível, Ed.Vozes, 2006

Espaço e Tempo...

O tempo é considerado como algo fundamental no espaço em que cada indivíduo se situa. O saber do professor está inserido nesse tempo e por isso precisa do conhecimento teórico e também realizar atividades que justificam essa aprendizagem da construção da “linha do tempo” na disciplina de Estudos Sociais. Assim, como nós professores os alunos também gostam de construí-la. Desse pressuposto emana a necessidade do aluno inserir-se em sua época, no seu grupo, desenvolvendo sua capacidade de pensar. Construir a linha do tempo com os alunos é uma atividade do registro de eventos organizados em função do tempo, numa seqüência ordenada de ocorrências vivenciadas que podem ser comparadas com acontecimentos históricos da cidade, do País, do Mundo, informações que sejam de seu interresse.A minha compreensão sobre os conceitos de espaço ou tempo se deu através das leituras dos textos, das trocas e Fóruns com os colegas, além das práticas com os alunos.
Linha do tempo da história de vida do aluno, assunto de grande interesse.
A sugestão da atividade da Linha do Tempo é motivo de interação familiar, pois as crianças precisam consultar as datas de alguns acontecimentos de suas vidas. São as crianças que farão a escolha das datas que consideram um acontecimento importante. Os familiares somente contribuirão com a data.
As finalidades de construir "Linha do Tempo" de como fazê-lo de maneira construtiva com os alunos foram habilidades desenvolvidas na disciplina de Estudos Sociais em 2008 e presentes no cotidiano escolar de hoje 2010.

Linguagem e Educação...















O texto “NÃO HÁ COMO ALFABETIZAR SEM MÉTODO? De Iole Maria Faviero Trindade, postado na Interdisciplina Linguagem e Educação em 2009, forneceu embasamento teórico para o desenvolvimento de um Plano de Aula. Observei aspectos importantes para trabalhar com crianças de 4 anos.
Um planejamento inicial deve ter aspectos importantes que respondam as questões que a autora descreve “Quem são os meus alunos?” No meu planejamento eles tem 4 anos e com isso pensar nas temáticas a serem priorizadas. Assim, como as atividades de produção individual, são importantes as atividades em grupos, a produção coletiva com a participação de toda a turma.
Mesmo que as crianças não estão alfabetizadas ainda, ler e contar histórias, o manuseio com os livros para crianças de 4 anos é muito importante. É a exploração da habilidade oral que fornece embasamento para as habilidades da leitura e escrita quando será alfabetizada.
Diante dos novos conhecimentos, não foi difícil o meu trabalho no estágio com a Educação Infantil com crianças de 3 anos de uma Escola Montessoriana.
A autora faz contribuições sobre a alfabetização e o letramento citando outros teóricos:
"Dos anos 90 em diante, nos demos conta de que não bastava olhar para o processo de apropriação da leitura e da escrita pela criança, seja em uma perspectiva piagetiana ou vygotskiana ou, ainda, em uma visão que buscasse compatibilizar as duas interpretações cognitivistas da construção do conhecimento. Práticas sociais da leitura e da escrita (ou arremedos dessas práticas) adentraram a escola para garantir não mais a alfabetização, mas o letramento das crianças desde o momento da aquisição inicial da leitura e da escrita. Não bastava mais que as crianças interagissem com todo o alfabeto de uma só vez, produzissem e lessem textos “do seu jeito”. Elas passaram de sujeitos que aprendiam, na exploração dos objetos de leitura e escrita, com menor ou maior intervenção de professores(as) e colegas, a sujeitos menos ou mais letrados, pelo conhecimento que possuíam de diversos portadores de textos quanto aos seus atributos, estrutura, conteúdo e funções, antes de ter iniciado a alfabetização escolar." (Kato, 1986; Tfouni, 1988; Kleiman, 1995; Soares, 1996).

Experimentar antes de executar...










Para que haja uma integração completa de todos os valores a serem transmitidos, o professor que é um guia, um orientador, que considera o aluno como portador de conhecimentos, pensante, ativo e protagonista do processo de aprendizagem deverá ter, além da preparação técnica específica, um auto-conhecimento e estar em constante busca de aperfeiçoamento. Para isso deve elaborar um planejamento com corpo teórico atualizado, flexível e que funcionará como linha mestra, norteando as ações. É muito importante que o professor experimente antes de executar com seus alunos. Citarei a aula presencial de Ciências em 2008 onde nós professores realizamos desenhos de palavras abstratas.
Realizei a atividade com alunos de 5ªsérie "emprestados" em 2008.
Na semana passada (18-10-2010)a professora do 2°ano teve que se ausentar, as crianças realizavam exercícios de Matemática "continhas", estavam desmotivados. Pedi então que poderiam continuar a atividade de Matemática para quando a professora retornar.
Realizei com as crianças a seguinte atividade:
-entreguei uma folha em branco a cada criança e pedi para desenhar um "Sentimento".
Todos realizaram o desenho mesmo inicialmente acharem difícil desenhar um sentimento.
A professora quando retornou, gostou da atividade e explicou que ela veio em boa hora pois as crianças estavam ofendendo umas as outras, magoando os próprios colegas.
Observação: As condições de realizar a atividade se deve ao fato de um dia eu tê-la experimentado.



Oficinas de Aprendizagem...

Jogos cooperativos


Oficina do Ciclo da água
A praça





Macaco
Acasa dos 7 anões e Branca de neve





Cabanas para pousar








Oficina da EROSÃO

TRILHA ECOLÓGICA, OFICINAS DE APRENDIZAGEM E JOGOS COOPERATIVOS. Tudo isso em um mesmo momento. Estes foram momentos inesquecíveis no dia 17-10-2010. A participação a aula passeio com trilhas ecológicas e oficinas didáticas que abordam temas relativos à preservação do meio ambiente e como ministrante a Prof.ªAna Cristina Rangel.

Vamos imaginar os alunos participando... Vai o convite a todos que gostariam de levar seus alunos a esse passeio maravilhoso ou levar sua família.
Onde fica?
Floresta Encantada VÔ RANGEL
www.vorangel.com.br

Habilidades e Competências...

Práticas pedagógicas que vem se realizando, aplicados em projetos inovadores. Também revelar sonhos de uma escola de fato diferente, que ainda está por ser feita. Na trajetória PEAD certificamos as habilidades de sermos professores e uma formação de qualidade e competências. É correto afirmar que alunos e alunas PEAD jamais serão os mesmos ao final dessa caminhada. Encontramos na disciplina Seminário Integrador VII a postagem de textos pela autora Luciane Corte Real, importante suporte teórico. A autora fala dos efeitos de uma experiência vivida que não são previsíveis. São explicações dadas por um observador. Nesse sentido, ela aponta para Maturana (1999, p. 265) que: "... a realidade que vivemos depende do caminho explicativo que adotamos, e este depende do domínio emocional no qual nos encontramos no momento da explicação". Real faz referencias em Maturana (1998, p. 32) em que “aprendizagem é o caminho da mudança estrutural que segue o organismo (incluindo seu sistema nervoso) em congruência com as mudanças estruturais do meio como resultado da recíproca seleção estrutural que se produz entre ele e este, durante a recorrência de suas interações, com conservação de suas respectivas identidades”.
Uma professora diferente em sala de aula pode ser o começo para um escola diferente.
...

PEAD Tempo Histórico...

O tempo é considerado como algo fundamental no espaço em que cada indivíduo se situa. O saber do professor está inserido nesse tempo e por isso precisa do conhecimento teórico para realizar atividades que justificam esse aprendizado. Um exemplo disso é a construção da “linha do tempo”, atividade realizada na disciplina de Estudos Sociais. Assim, como nós professores somos motivados pelas ações, os alunos também são envolvidos nelas. Desse pressuposto emana a necessidade de o aluno inserir-se em sua época, no seu grupo, desenvolvendo sua capacidade de pensar.
A qualificação profissional é uma constante em minha vida, compromissada com a educação. As aprendizagens do curso de Pedagogia são realizações pessoais e os resultados fazem parte do cotidiano escolar. A Pedagogia da construção dinâmica do saber busca uma prática docente que traduz esta postura, e eu a encontro como estudante PEAD.
Nesta trajetória, todas as aprendizagens são importantes. O difícil é destacar uma dentro desse contexto interdisciplinar. O referencial teórico é indispensável, mas a prática forma estruturas sólidas no conhecimento.
De forma progressiva, os recursos e as estratégias propostas nas Interdisciplinas do PEAD promoveram muitos conhecimentos e novos saberes nas tecnologias da informação(computador). Os conteúdos do curso PEAD foram articulados de forma atraente e com ludicidade, e as trocas com colegas que atuam em sala de aula contribuíram quanto à compreensão didática. Em todos os semestres, evidenciou-se muitas aprendizagens nas trocas com colegas, professores e tutores, nos fóruns, nas leituras do referencial teórico, nas práticas com os alunos, portanto, houve aprendizagens a todo momento.
É necessária uma concepção pedagógica que oriente a prática do professor com objetivos e estratégias do uso das tecnologias na abordagem educacional onde o papel do computador implique na promoção do ensino ou construção do conhecimento.
Projeto de Aprendizagem se desenvolveu ao longo do Eixo V (semestre 2008/2), sendo que as diferentes etapas do processo foram construídas e moldadas durante todo o semestre e integralizadas na prática escolar. Hoje afirmo estamos capacitados para as práticas pedagógicas com Projetos de Aprendizagem.
A transformação significativa na escola vem da união e esforços de professores munidos de espírito de inovação. E nós, alunos PEAD, já podemos romper os limites para a construção coletiva de um conhecimento significativo. Hoje concluindo o curso já temos elementos fundamentais para enfrentar as dificuldades inerentes à vida profissional.

Habilidades Desenvolvidas...

A escola Montessoriana da prática do estágio curricular tem um grande diferencial diante de outras abordagens educacionais. Os Exercícios de Vida Prática auxiliam a criança na criatividade, ajuda a desenvolver a característica humana fundamental de sua personalidade: a unidade de pensamento, desejo e ação, chamada de Coordenação de Movimento, que interfere e influi na vida emocional.
Encontramos na teoria de Skinner sobre as aprendizagens na interação com o meio, leituras do referencial teorico encontra-se na disciplina de Psicologia I. A educação foi uma das preocupações centrais deste autor. Skinner considerava o sistema escolar um fracasso por se basear na presença obrigatória, sob pena de punição. Ele defendia que se dessem aos alunos "razões positivas" para estudar. Para Skinner, o ensino deve ser planejado para levar o aluno a emitir comportamentos progressivamente próximos do objetivo final, sem que para isso precise cometer erros. Num de seus livros mais conhecidos, Além da Liberdade e da Dignidade, ele rejeitou noções como a do livre-arbítrio e defendeu que todo comportamento é determinado pelo ambiente, embora a relação do indivíduo com o meio seja de interação, e não passiva.
Skinner era o grande defensor da influência do ambiente no comportamento e aprendizagem. Para Montessori o ambiente é fator crucial no desenvolvimento, porque a criança tem uma mente absorvente, isto a criança é capaz de internalizar as experiências com seu ambiente.

LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

São argumentos para o Foco Investigativo do TCC, falar da Educação Infantil de 0 a 6 anos e especificamente das aprendizagens das crianças de 3 anos do estágio na Escola Montessoriana. Elementos de investigação teórica nas Interdisciplinas já cursadas. No Eixo III na Disciplina Ludicidade e Educação lêem-se sobre a psicologia do jogo que aborda o ponto de vista sobre a brincadeira infantil de teorias psicológicas.
O que diz a teoria de Piaget sobre o brincar?
Piaget considerava que toda a ação infantil, em seu estágio inicial, consiste em jogo, apenas excetuando as atividades de nutrição e algumas reações emocionais, como a raiva. Segundo as concepções de Piaget (1945/1971), não é possível traçar uma fronteira natural entre o que é jogo ou não.
Piaget (1945/1971) classifica os jogos que a criança apresenta em três tipos: jogos de exercício, jogos simbólicos e jogos de regras (conforme Tabela 2). Os jogos de exercícios são os primeiros a aparecer e predominam nos dois primeiros anos de vida. São exercícios lúdicos que correspondem a uma espécie de simples funcionamento por prazer. Com o desenvolvimento, a freqüência destes jogos diminui e aparecerão os jogos dos outros tipos. Os jogos simbólicos são brincadeiras em que um objeto qualquer representa um objeto ausente. Por exemplo, uma criança que brinca de automóvel deslocando uma caixa está representando simbolicamente o automóvel pela caixa. Tal acontecimento só ocorre a partir dos dois anos de idade, quando a criança já está no estágio pré-operacional.
Ainda para Piaget, os jogos de regras consistem em combinações sensório–motoras ou intelectuais e são reguladas, quer por um código transmitido de geração a geração, quer por acordos momentâneos. Este é um jogo característico do indivíduo socializado.
Outra teoria de fundamental importância para a Psicologia do Jogo é a Psicanalítica, que tem como principal teórico Sigmund Freud.
Freud (1908/1969) já destacava, no início do século passado, a importância da brincadeira no desenvolvimento infantil. Para ele, as ocupações favoritas e mais intensas da criança eram os brinquedos ou os jogos. Freud salientou que ao brincar toda criança se comporta como um escritor criativo, pois cria um mundo próprio, ou melhor, reajusta os elementos de seu mundo de uma nova forma que lhe agrade. Porém, não há a idéia de que a criança não leva esse mundo a sério. Ao contrário, Freud destaca que a criança leva muito a sério a sua brincadeira e despende na mesma muita emoção. Assim, ele propõe a idéia de que a antítese de brincar não é o que é sério, mas o que é real. “Apesar de toda a emoção com que a criança catexiza seu mundo de brinquedo, ela o distingue perfeitamente da realidade, e gosta de ligar seus objetos e situações imaginados às coisas visíveis e tangíveis do mundo real. Essa conexão é tudo o que diferencia o brincar infantil do fantasiar.” (pp. 149-150)
Para a teoria psicanalítica, a brincadeira proporciona a elaboração de materiais experienciados pela criança, que vem buscando o princípio do prazer.
Segundo Freud (1931/1969), o brinquedo e o brincar são os melhores representantes psíquicos dos processos interiores das crianças.
Referências:
Cerqueira-Santos, Elder (2004). Um estudo sobre a brincadeira entre crianças em situação de rua. Dissertação de Mestrado - PPG em Psicologia do Desenvolvimento, UFRGS.

A retomada das Interdisciplinas...

Inicialmente a retomada foi em Psicologia I. A leitura teórica de:
KUPFER, Maria Cristina. Freud e a Educação. O mestre do impossível. São Paulo: Scipione, 1992. Psicanálise e Educação na era pós-freudiana
Capítulo 2 UMA HISTÓRIA DE CASAMENTOS DESFEITOS:A aplicação da Psicanálise à Educação.

No capítulo 3, O DESEJO DE SABER, lê-se sobre a teoria freudiana da aprendizagem que nos revela que vimos alguns determinantes que levam uma criança a querer aprender. Contudo, ela não aprende sozinha. É preciso que haja um professor para que esse aprendizado se realize. "O que é aprender?" supõe, para a Psicanálise, a presença de um professor, colocado numa determinada posição, que pode ou não propiciar aprendizagem.
O ato de aprender sempre pressupõe uma relação com outra pessoa, a que ensina. Não há ensino sem professor. Até mesmo o autodidatismo (visto pela Psicanálise como um sintoma) supõe a figura imaginada de alguém que está transmitindo, através de um livro, por exemplo, aquele saber. E no caso de não haver sequer um livro ensinando, o aprender como descoberta aparentemente espontâneo
supõe um diálogo interior entre o aprendiz e alguma figura
qualquer, imaginada por ele, que possa servir de suporte para esse diálogo.
Muito importante é ter esse conhecimentos para argumentar sobre a vontade de aprender da criança.
Meus argumentos para a retomada em Psicologia I e com o referencial teórico citado são para compreender o "Desejo de Aprender". Importante também para compreender as idéias expostas pela educadora Maria Montessori, um dos pilares da educação infantil, que estudou as necessidades psicológicas e sociais da criança. Maria Montessori em seu livro "Formação do Homem" fundamenta de como se processa o desenvolvimento humano desde a fase embrionária. Como cientista e pesquisadora no capítulo "O estudo do Homem" revela que [...se a ciência começasse a estudar os homens, conseguiria não só fornecer novas técnicas para a educação das crianças e dos jovens, mas chegaria a uma compreensão profunda de muitos fenômenos humanos e sociais...]
Leituras que irão auxiliar na construção disertativa do TCC com o foco investigativo na escola Montessoriana do estágio curricular.

Foco Investigativo...

Para Montessori, liberdade é uma consequência do desenvolvimento. É a construção da personalidade, alcançada pelo próprio esforço e pelas suas experiências.
A organização física da "sala de aula" respalda as relações interpessoais, onde a ação individual reflete a coletiva, propiciando o trabalho compartilhado, cooperativo e de não competição.
Com formação em Medicina, Montessori empregou um método baseado diretamente na observação do desenvolvimento e comportamento da criança com contribuições científicas.
O espírito de observação se instalou na minha prática curricular na escola do Estágio, baseada no método educacional montessoriano.
No contexto de observação e práticas muitas aprendizagens foram acrescidas na minha formação pedagógica. O momento é especial para encontrar o foco investigativo com as experiências vivenciadas na sala de aula da Agrupada II(crianças de 3 e 4anos) no estágio.
Os argumentos são as experiências com os alunos e as evidências terão o apoio do referencial teórico de Maria Montessori, criadora do método em referência, Lubienska de Lenval que trabalhou com Montessori por vários anos em Roma. Em Piaget sobre o Desenvolvimento e a Aprendizagem, Epistemologia Genética e construção do Conhecimento, etc.

Início do Semestre 2010/2

O Trabalho de Conclusão de Curso será desenvolvido na Educação Infantil no Sistema Montessori de Educação.
Evidenciou-se no estágio a verdadeira conquista na aprendizagem das crianças pela prática do silêncio. O silêncio favorece o pensamento, a aquisição de conhecimento.
O exercício para a prática do silêncio é a aula de "linha". Maria Montessori, observando as crianças andando sobre os trilhos do trem e muros, notou que esse exercício trazia as crianças grande satisfação, pelo fato de exigir um enorme domínio corporal, concentração e esforço muscular. Montessori resolveu traçar uma linha em suas salas de aula, criando uma sequencia de exercícios para o aprimoramento da atenção, da coordenação dos movimentos, da concentração e da recomposição interior.
Constatou-se na prática que esse exercício prepara a criança para as diversas atividades propostas em sala de aula realizadas com calma, harmonia e concentração.
"A lição do Silêncio tem grande valor educativo, conduz a um verdadeiro domínio de si, qualidade sem a qual não pode haver disciplina nem verdadeira liberdade". Lubienska de Lenval

Final do Estágio Curricular


























Essa experiência pretende ser uma inspiração, que teve um principal componente dentre a proposta pedagógica montessoriana, minha inteira paixão pelas crianças e pela atividade desenvolvida.
Existem alguns princípios gerais que servem de guia e que eu acredito serem universais, válidos para o desenvolvimento do ser humano, independente de sua classe social, nacionalidade ou contexto histórico. Mas o modo de aplicar praticamente esses princípios, isso deve ser obra da arte e da criatividade de cada um. Só a partir de um forte vínculo afetivo é que podemos iniciar qualquer processo educacional que vise a algo mais do que passar informações. Se queremos por nós mesmos o bem, se amamos a verdade, se procuramos a justiça, então seremos um exemplo convincente para a criança. A criança gosta de aprender e deve ser incentivada nesse gosto. Um bom educador não se improvisa, mas é resultado de longos esforços intelectuais e de um grande empenho de auto-educação.
Aristóteles declara que todo o conhecimento
humano tem origem em uma tendência básica da
natureza humana que se manifesta nas ações e
reações mais elementares do homem. Toda a
extensão da vida dos sentidos é determinada e
impregnada por essa tendência.
"Todos os homens, por natureza, desejam conhecer. Uma
indicação disso é o deleite que obtemos dos sentidos; pois estes, além de sua utilidade, são amados por si mesmos; eacima de todos os demais o sentido da visão."
Este trecho é altamente característico da concepçãodo conhecimento de Aristóteles.
Referências:
Texto: A CRISE DO CONHECIMENTO DE SI DO HOMEM
Postado no Rooda na Disciplina Filosofia da Educação em 22-04-2009.

Conteúdos a serem assimilados


Brincando com o Tato.
As crianças da Educação Infantil a Agrupada II, turma de estágio, também tem conteúdos a serem assimilados. O conteúdo da semana foi os órgãos dos sentidos. A busca no referencial teórico foi para argumentar cientificamente sobre o tipo de prática utilizada em sala de aula. Sendo uma escola montessoriana, a primeira busca foi em Montessori, que nos deixou importantes contribuições no campo pedagógico. Propôs um método que partia do concreto para o abstrato. Para a autora, o desenvolvimento necessita apenas um ambiente adequado, estimulador, uma educação ativa, na qual a criança aprende pela experiência. Para Montessori a educação da inteligência é estimulada e alcançada por meio de lições com materiais para concretizar os conteúdos a serem assimilados. As evidências citadas são das práticas com as crianças de cheirar folhas de diferentes chás e o contato direto das mãos com areia, amido, algodão e provar suco de limão e açúcar. Práticas com envolvimento e interesse das crianças, isto é, lições com materiais concretos para a assimilação dos conteúdos. Para Piaget esta é uma ação assimiladora e ao ser assimilado a criança reage construindo novos saberes. Essas transformações dos instrumentos de assimilação constituem a ação acomodadora. Assim, segundo Piaget, o aluno é um sujeito ativo cuja ação tem dupla dimensão: assimiladora e acomodadora.

Referências:
Texto: Alguns materiais propostos por Montessori
Postagem no Rooda na disciplina Didática, Planejamento e Avaliação- 2009/2

Postagem no Rooda na Disciplina Psicologia I – 2007/1
Texto: BECKER, Fernando - O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n.83, p. 7-15, abr./jun. 1992.

Diversas Atividades...

...no mesmo momento. Esta é a prática na escola montessoriana com a turma Agrupada II.

Montessori entende não apenas a atividade física, mas também a atividade mental e reflexiva. A base deste princípio é a educação ativa, na qual a criança aprende pela experiência e pela repetição sistemática. Desde muito cedo as crianças fazem exercícios,
através dos quais aprendem a dominar a si mesmas, coordenando movimentos e controlando ações.
Completando com as idéias de Piaget sobre o processo de construção do conhecimento e seguindo os delineamentos da psicologia genética, todas as tarefas supunham uma interação entre o sujeito e o objeto de conhecimento.

Disciplina: Didática, Planejamento e Avaliação – 2009/2
Texto: Alguns materiais propostos por Montessori
Postagem no Rooda em Novembro/2009.

Disciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II
Postagem no Rooda 14/03/2009 – Texto: DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM -Jean Piaget

A autonomia...




Os argumentos da semana foram de reflexão no uso do computador na sala de aula. Foi admiravel perceber a autonomia das crianças na utilização das ferramentas do programa Paint. As imagens são as evidências apresentadas nas aprendizagens.
É fundamental respeitar essa autonomia e individualidade de conhecimentos de cada criança.
Para Paulo Freire a autonomia faz parte da própria natureza educativa. "Sem ela não há ensino, nem aprendizagem." Pedagogia da Autonomia -Paulo Freire
Este contexto de experimentações me motivou para a construção de páginas individuais com as crianças.
Esta nova construção será no ritmo das crianças que tem a idade de 2 a 3 anos e conforme o interesse de cada um.

Hora do Conto...


A leitura foi do clássico "Os tres Porquinhos", história contada com duas versões diferentes. Um livro com a história tradicional que tem o lobo mau. O outro livro como se fosse uma continuidade da versão do primeiro e não tem o personagem lobo mau. O objetivo foi as crianças perceberem que a história pode ser contada de outras maneiras.
Os argumentos para a hora do conto é um momento onde o leitor se transforma, interpreta, faz entonações de voz diferente para incentivar as crianças no transporte para o universo da história. Isso ficou evidente na prática realizada dia 10 de maio com a turma de estágio, a Agrupada II.
Para uma análise realizei a leitura do texto "Encantos para Sempre" do Bloco 5 da Disciplina Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem do PEAD.
"Essas histórias sempre funcionaram como uma válvula de escape para as aflições da alma infantil e permitiram que as crianças pudessem vivenciar seus problemas psicológicos de modo simbólico, saindo mais felizes dessa experiência. Davam-lhes a certeza de que no final tudo acabava bem e todos iam ser felizes para sempre."
Foi importante a leitura do texto para argumentar sobre a teoria em relação a prática. A reação das crianças durante e logo após a leitura. A necessidade deles foi de ver as imagens do livro, pegar o livro, folhear e contar a história e a página onde ficavam mais tempo era a última, o final da história, é lá que está o final feliz.
Referências: Prática de estágio dia 10-05-2010
Texto: "Encantos para Sempre" de Ana Maria Machado - postagem no "Rooda" dia 29-10-2007



Aprendizagens Matemáticas


Evidenciar qua a aprendizagem do número não é somente com a apresentação deste, mesmo que esta apresentação envolva etapas importantes como, escrever o número no ar, na água, na areia, no quadro de giz, passar o dedo sobre o número de lixa, pintá-lo, etc. Após as etapas desenvolvidas realizei uma proposta de atividade para quantificar este número com tampinhas de garrafas e dado. Percebi então a dificuldade em separar a quantidade de tampinhas que saiu no dado( 1, 2 e 3- representados com bolinhas) relacionadas ao mesmo número da atividade de apresentação.
Para argumentar sobre essa etapa de aprendizagem das crianças fiz a leitura do texto “Desenvolvimento e Aprendizagem” de Jean Piaget postado na disciplina de Psicologia II.
"O conhecimento não é uma cópia da realidade. Conhecer um objeto, conhecer um acontecimento não é simplesmente olhar e fazer uma cópia mental, ou imagem, do mesmo. Para conhecer um objeto é necessário agir sobre ele. Conhecer é modificar, transformar o objeto, e compreender o processo dessa transformação e, conseqüentemente, compreender o modo como o objeto é construído. Uma operação é, assim, a essência do conhecimento. É uma ação interiorizada que modifica o objeto do conhecimento. Por exemplo, uma operação consistiria na reunião de objetos em uma classe, para construir uma classificação. Ou uma operação consistiria na ordenação ou colocação de coisas em uma série. Ou uma operação consistiria em contagem ou mensuração."
Na teoria piagetiana as crianças nessa idade se encontram em estágio de operações concretas e ainda não sobre hipóteses expressadas verbalmente como na atividade montessoriana da apresentação do número de lixa. Mesmo assim considero a proposta da atividade positiva. A sala de aula montessoriana se destaca pela grande variedade e riqueza de materiais pedagógicos(blocos lógicos, barras de madeira de diversos tamanhos, cubos de diversos tamanhos e muitos outros) expostos para o livre manuseio das crianças o que vem contribuir na operação concreta. O que tenho realizado durante as atividades livres com os materiais pedagógicos é a interação com as crianças enquanto trabalham com perguntas. Como faria diferente, se dá para separar de outra forma, enfim, perguntas que levem as crianças a refletir sobre o material diante deles.
Referências: UFRGS – PEAD 2009/1 Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II
Texto: Desenvolvimento e Aprendizagem - Jean Piaget

Liberdade e Disciplina



A prática na escola montessoriana evidencia um novo conceito de liberdade e disciplina.
Para Montessori, liberdade é uma consequencia do desenvolvimento das capacidades latentes, auxiliadas pela educação. É a construção da personalidade, alcançada pelo próprio esforço e pelas suas próprias experiências. A disciplina nasce quando a criança concentra sua atenção em algum objeto que a atrai e que, ao mesmo tempo, lhe oferece atividade. Graças aos exercícios, a atividade, uma integração acontece na alma da criança e em consequencia disso, a criança se torna calma, feliz, ocupada construindo seu saber. (Pedagogia Científica, 1965)
As idéias de Maria Montessori continuam sendo muito difundidas em vários países do mundo, simplesmente porque a essência da sua obra tem como ponto de partida a VIDA. O homem, enquanto expressão viva da natureza, deve ser orientado no sentido de construir-se como criatura autônoma, produtiva, solidária, criativa e verdadeiramente humana (Teorias da Aprendizagem,2003).
As citações teóricas são os argumentos e a realização das práticas no dia-a-dia escolar são as evidências. A "Aula de Linha" realizada no dia 28-04 me conduziu para a reflexão semanal. Descrição da aula: foi demarcado no chão com fita crepe um grande circulo, no centro foi colocado um tapete com uma bandeja contendo o material para aula( 1 vela, fósforo, apagador de vela). Primeiramente a professora coloca uma música instrumentalizada de relaxamento e começa a caminhar sobre a linha demarcada(circulo). As crianças seguem a professora em silencio e depois todos sentam sobre a linha. A professora faz a apresentação do material da bandeja, pergunta se conhecem e o que é cada material, para que serve e como vai ser a realização da atividade. Todos precisam estar em silêncio para a concentração.
A etapa seguinte a professora acende a vela e passa para a criança a sua esquerda que deve observar a chama da vela e passar para o coleguinha ao seu lado, assim, até passar por todos chegando novamente até a professora. Ela coloca a vela na bandeja e demonstra como apagar a vela com o apagador de velas. São chamados um de cada vez para apagar a vela, toda vez que ela é apagada a professora a acende novamente até todas as crianças realizarem a tarefa. Terminada essas etapas todos fazem um desenho sobre o que sentiram durante a atividade. Oberva-se que ainda estão em concentração durante esta etapa final da "Aula de Linha".
Após a realização da atividade, no transcorrer da semana, percebeu-se mais envolvimento, mais integração das crianças nas outras propostas de atividades.

Bibliografia:
PARIZ, Josiane Domingas Bertoja. Teorias da aprendizagem. In: RODRIGUES, Amir Sandro e outros (org). Curitiba: IESDE,2003.
Pedagogia científica: a descoberta da criança. São Paulo: Flamboyant,1965
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Quando a prática...


...confirma a teoria. Os argumentos são referente a realização dia 19 da atividade com o som da letra inicial do nome que seguiu a prática montessoriana e observada atentamente para uma análise e compreensão e em seguida realiza-la com as crianças. Foi uma experiência maravilhosa. Tudo é realizado sobre um tapete pequeno no chão. A criança senta diante do tapete para realizar as etapas da atividade. Os passos são: ouvirem o som da letra dita pela professora por várias vezes e a criança deve repeti-lo, passar o dedo na letra de lixa(mais de uma vez), escrever na areia(mais de uma vez), escrever em um quadro de giz(mais de uma vez), coloca-se a letra de lixa novamente diante da criança e ela passa o dedo novamente em seguida é colocada uma folha de ofício para quem tem a letra alta(ex. l, t, p...) e meia folha para quem tem a letra baixa (ex. m, n, a...). A folha é colocada sobre a letra de lixa e a criança passa giz de cera por cima transpassando para a folha a letra inicial de seu nome. Os seguintes passos: a criança vai até a mesa, passa o pincel na letra, depois coloca com o pincel cola na letra e cola pedaços de papel picado e outros. Esta atividade foi realizada dia 19-04, no dia 23-04 no início da aula na hora da chamada usei a técnica de chamar as crianças pelo som da letra inicial e algumas crianças identificaram sua letra e ajudaram as que não conseguiram. Atividade importante para minha reflexão sobre o método de Maria Montessori.


Reflexão da prática...

As evidências em aprendizagens acontecem quando ao final do dia faço a reflexão sobre a prátrica. Com a reflexão encontro respostas sobre algumas perguntas que mentalizo. Como trabalhar com crianças de 2 e 3 anos seguindo o método montessoriano?Qual a atividade que deu certo? Uma certa atividade poderia acontecer em outro momento para uma aprendizagem melhor sobre o tema?
As perguntas se respondem quase que como naturalmente ao final de cada dia. O exemplo a seguir é da situação de uma prática no dia 13/04, terça-feira. Atividade com um espelho pequeno.
Sentados em rodinha no chão, o espelho é passado de mão em mão, antes de passar para o coleguinha a criança é incentivada a se olhar no espelho, dar um sorriso, e contar o que gosta.
As crianças gostaram muito da atividade. Realizei esta atividade no momento da chamada. Na minha análise final concluí que se tivesse realizado a atividade do espelho separado do momento da chamada poderia ter explorado mais. Um menino quase não olhou no espelho, um outro parece ter se visto pela primeira vez. A monitora da turma, psicopedagoga, estava observando e comentou da importância de atividades com o espelho. Fiquei bastante motivada.

Novas Aprendizagens...

São muitos os argumentos para falar da escola de estágio e do início das novas aprendizagens.
Estou em situação de encantamento nesses primeiros momentos com as crianças da escola montessoriana.
Minha turma é a "Agrupada II", eles tem 3 anos de idade. O ambiente é muito, muito organizado com diversos materiais pedagógicos para eles trabalharem. Esta organização é para facilitar a percepção visual.
A criança da escola montessoriana está sempre "trabalhando" em sala de aula. Como diz a diretora; "a criança está sempre extruturando alguma aprendizagem quando manipula os objetos e o termo "trabalhar" é utilizado porque os pais todos os dias vão trabalhar". O termo mais usados no diálogo entre os pais, assim, a criança não se sente excluída desse assunto.
Existe o momento de brincar que pode ser na pracinha, de preferência fora da sala de aula. A aula de Vida Prática acontece naturalmente dentro da sala de aula. Um exemplo: a criança lava o seu copo após o lanche. As aulas de música, Ed.Física, Expressão Corporal, Inglês são realizadas em outro ambiente com um profissional da área. Não tem indisciplina na escola montessoriana, a criança naturalmente é conduzida a desenvolver o seu cognitivo e com as atividades de Vida Prática aprendem com autonomia a lidar com o dia-a-dia.

A expectativa...

Somente no dia 05/04 que irei conhecer os alunos e os ambientes da escola de estágio. A escolha pela escola que utiliza o Método Montessori é a opção para novas aprendizagens. Por isso considero importante a interação teórica sobre o método e sua autora Maria Montessori antes e durante a prática. O início para a realização da prática é de expectativas e movida por questionamentos. A escola utiliza somente o Método Montessori no seu dia-a-dia? Como a escola Montessoriana utiliza as tecnologias(internet, etc.)com seus alunos?Muitos conhecimentos nesta caminhada...

A Escola de Estágio...

Argumentos importantes sobre a escolha da escola de estágio. Encontrar uma escola que utiliza um método que realiza na prática, fundamentado nas teorias e adaptado para a realidade e necessidade dos educandos. A escola de estágio procura oferecer o maior número de recursos para o aprendizado pleno e utilizam de recursos pedagógicos que incentivam a crítica, a criatividade, a autonomia e a consciência do aluno. Com um ambiente cuidadosamente preparado, tem como meta principal o desenvolvimento da criança através da autonomia adquirida em atividades realizadas com materiais específicos. Para a escola partindo do pressuposto que o homem é construtor de si mesmo, ele é quem absorve e integra sua cultura e constrói sua própria personalidade e por isso sua maior tarefa é “Construir-se uma verdadeira ajuda à vida!”. ESCOLA PRÓ-SABER – Educação Baseada em Montessori.
Postagem no meu Blog Portfólio de Aprendizagem em 2009/2
“Como Pedagogos em formação têm-se muitos argumentos para falar das contribuições de Maria Montessori para a prática pedagógica. São evidenciadas aprendizagens com crianças que utilizam os materiais concretos criados por Montessori. Com o Material Dourado é possível criar e desenvolver com os alunos atividades lúdicas e concretas, estruturadas para conduzi-los gradualmente ao Sistema de Numeração Decimal Posicional. A principal função desse material, até hoje utilizado, ainda é o estudo das quatro operações fundamentais. Para Montessori a educação deve respeitar as diferenças individuais permitindo o desenvolvimento da personalidade e do caráter individual. Para isso, ela deve viver em um ambiente ordeiro que proporcione respeito ao espaço do outro.”

Iciando o semestre 2010/1

O Estágio...
Faço das palavras da autora Dora Incontri as minhas, concordo nos argumentos citados por ela.
"Fazemos viagens espaciais, criamos o rádio a TV e já entramos na era digital, acessamos a internet, voamos em jatos supersônicos ou em foguetes, dissecamos a estrutura do átomo e lá continuam nossas crianças sentadas em carteiras, silenciosas, passivas, com currículos fragmentados, pré-programados, com um ensino medíocre e autoritário. As crianças não aguentam mais." (Página 8)
Estágio... momento glorioso para inovar e expandir com mais criatividade minha vocação pedagógica. Mas toda prática, para ser consistente e eficaz, deve se ancorar num conhecimento aprofundado do assunto e como revela Incontri procurar fundamentar as práticas em pesquisa e reflexão.
INCONTRI, Dora. Vivências na Escola.
Bragança Paulista, SP.Ed. Comenius, 2005