A vivência na Escola Montessoriana durante as práticas do estágio me fez construir novas idéias sobre a Educação Infantil dos zero aos seis anos de idade. Tornei-me uma observadora das aprendizagens das crianças na faixa etária de três anos com as experiências realizadas durante o estágio. A princípio busquei na teoria de Montessori os argumentos para justificar os acontecimentos da sala de aula. Montessori (1975) através do estudo da criança e de suas experiências afirma que a linguagem escrita pode ser adquirida por crianças de quatro anos mais facilmente do que por aquelas de seis anos, para as quais começa geralmente a educação obrigatória. Montessori se refere a uma escrita espontânea que ela chamava de "explosão da escrita". O que se pretende na escola Montessoriana é que quando a criança escrever, aquele impulso tenha partido de dentro dela, revelando o seu mundo interior e não seja, apenas, a cópia comum de uma cartilha.
De fato aconteceu com alguns alunos na prática do exercício com a análise do som das letras. O aluno de 3 anos escreve com a caligrafia correta o som da letra inicial do seu nom "C" durante o exercício. Para mim foi uma surpresa mas para a escola esse acontecimento é normal, porque as crianças desde muito pequenas desenvolvem habilidades através de exercícios para a coordenação dos movimentos e conquista de uma maturidade psicomotora. Para Montessori (1975) quanto mais uma criança tiver oportunidade de usar suas mãos na "descoberta", maior será seu desenvolvimento mental e mais forte será o seu caráter. Para garantir a prática dos pressupostos de Montessori a escola oferece aos aprendizes um ambiente preparado com materiais de desenvolvimento de caracteristicas bem definidas, permitindo à criança chegar gradualmente e de acordo com seu ritmo, à conquista de novos conhecimentos.
A Educação Montessoriana tem 100 anos na prática de proporcionar possibilidades a cada criança para que construa o adulto, num processo pessoal em que é agente de sua própria educação: aprendendo a aprender, aprendendo a fazer, aprendendo a ser, como a UNESCO propõe aos educadores para o 3° milênio.
O autor Celso Antunes(2006) considera a Educação Infantil uma prioridade imprescindível. Para ele a Educação Infantil é tudo que significa "tudo aprender e tudo fazer" e argumenta: [...] a ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases para as competências e habilidades que que serão desenvolvidas ao longo da existência humana.[...]
No PEAD, na disciplina Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, estudamos sobre a Escola da Ponte onde as crianças são tratadas como crianças e não como alunos. Na iniciação cada aluno vai aperfeiçoando, até atingir a capacidade de prever uma gestão equilibrada dos tempos e dos espaços de aprendizagem. A criança revela competência de auto-planificação e avaliação de pesquisa e trabalho em pequeno e grande grupo.
Quando do conhecimento da Escola da Ponte, imaginava se possível existir uma escola assim.Hoje, com as vivências do estágio na Escola Montesoriana onde não presenciei indisciplina. Uma educação com atenção especial a Liberdade, o aluno adquire consciência de si mesmo, do outro, da sociedade e da escolha. Desenvolve a independência e a capacidade e a aquisição de regras sociais.Para nós educadores é preciso buscar na educação o caminho para fortalecer a crença de que se é capaz de criar e agir a mudança. Isto porque nos encontramos diante de tantas situações onde precisamos nos posicionar. Temos as referências teóricas e as vivências práticas é so escolher.
MONTESSOR, A Criança, Tradução de Luiz Horácio da Matta em 1975
Texto postado no Rooda Fazer a Ponte de José Pacheco- tema:Uma escola sem muros
ANTUNES, Celso. Educação Infantil - Prioridade Imprescindível, Ed.Vozes, 2006
Espaço e Tempo...
O tempo é considerado como algo fundamental no espaço em que cada indivíduo se situa. O saber do professor está inserido nesse tempo e por isso precisa do conhecimento teórico e também realizar atividades que justificam essa aprendizagem da construção da “linha do tempo” na disciplina de Estudos Sociais. Assim, como nós professores os alunos também gostam de construí-la. Desse pressuposto emana a necessidade do aluno inserir-se em sua época, no seu grupo, desenvolvendo sua capacidade de pensar. Construir a linha do tempo com os alunos é uma atividade do registro de eventos organizados em função do tempo, numa seqüência ordenada de ocorrências vivenciadas que podem ser comparadas com acontecimentos históricos da cidade, do País, do Mundo, informações que sejam de seu interresse.A minha compreensão sobre os conceitos de espaço ou tempo se deu através das leituras dos textos, das trocas e Fóruns com os colegas, além das práticas com os alunos.
Linha do tempo da história de vida do aluno, assunto de grande interesse.
A sugestão da atividade da Linha do Tempo é motivo de interação familiar, pois as crianças precisam consultar as datas de alguns acontecimentos de suas vidas. São as crianças que farão a escolha das datas que consideram um acontecimento importante. Os familiares somente contribuirão com a data.
As finalidades de construir "Linha do Tempo" de como fazê-lo de maneira construtiva com os alunos foram habilidades desenvolvidas na disciplina de Estudos Sociais em 2008 e presentes no cotidiano escolar de hoje 2010.
Linha do tempo da história de vida do aluno, assunto de grande interesse.
A sugestão da atividade da Linha do Tempo é motivo de interação familiar, pois as crianças precisam consultar as datas de alguns acontecimentos de suas vidas. São as crianças que farão a escolha das datas que consideram um acontecimento importante. Os familiares somente contribuirão com a data.
As finalidades de construir "Linha do Tempo" de como fazê-lo de maneira construtiva com os alunos foram habilidades desenvolvidas na disciplina de Estudos Sociais em 2008 e presentes no cotidiano escolar de hoje 2010.
Linguagem e Educação...
O texto “NÃO HÁ COMO ALFABETIZAR SEM MÉTODO? De Iole Maria Faviero Trindade, postado na Interdisciplina Linguagem e Educação em 2009, forneceu embasamento teórico para o desenvolvimento de um Plano de Aula. Observei aspectos importantes para trabalhar com crianças de 4 anos.
Um planejamento inicial deve ter aspectos importantes que respondam as questões que a autora descreve “Quem são os meus alunos?” No meu planejamento eles tem 4 anos e com isso pensar nas temáticas a serem priorizadas. Assim, como as atividades de produção individual, são importantes as atividades em grupos, a produção coletiva com a participação de toda a turma.
Mesmo que as crianças não estão alfabetizadas ainda, ler e contar histórias, o manuseio com os livros para crianças de 4 anos é muito importante. É a exploração da habilidade oral que fornece embasamento para as habilidades da leitura e escrita quando será alfabetizada.
Um planejamento inicial deve ter aspectos importantes que respondam as questões que a autora descreve “Quem são os meus alunos?” No meu planejamento eles tem 4 anos e com isso pensar nas temáticas a serem priorizadas. Assim, como as atividades de produção individual, são importantes as atividades em grupos, a produção coletiva com a participação de toda a turma.
Mesmo que as crianças não estão alfabetizadas ainda, ler e contar histórias, o manuseio com os livros para crianças de 4 anos é muito importante. É a exploração da habilidade oral que fornece embasamento para as habilidades da leitura e escrita quando será alfabetizada.
Diante dos novos conhecimentos, não foi difícil o meu trabalho no estágio com a Educação Infantil com crianças de 3 anos de uma Escola Montessoriana.
A autora faz contribuições sobre a alfabetização e o letramento citando outros teóricos:
"Dos anos 90 em diante, nos demos conta de que não bastava olhar para o processo de apropriação da leitura e da escrita pela criança, seja em uma perspectiva piagetiana ou vygotskiana ou, ainda, em uma visão que buscasse compatibilizar as duas interpretações cognitivistas da construção do conhecimento. Práticas sociais da leitura e da escrita (ou arremedos dessas práticas) adentraram a escola para garantir não mais a alfabetização, mas o letramento das crianças desde o momento da aquisição inicial da leitura e da escrita. Não bastava mais que as crianças interagissem com todo o alfabeto de uma só vez, produzissem e lessem textos “do seu jeito”. Elas passaram de sujeitos que aprendiam, na exploração dos objetos de leitura e escrita, com menor ou maior intervenção de professores(as) e colegas, a sujeitos menos ou mais letrados, pelo conhecimento que possuíam de diversos portadores de textos quanto aos seus atributos, estrutura, conteúdo e funções, antes de ter iniciado a alfabetização escolar." (Kato, 1986; Tfouni, 1988; Kleiman, 1995; Soares, 1996).
Assinar:
Postagens (Atom)