Diversas Atividades...

...no mesmo momento. Esta é a prática na escola montessoriana com a turma Agrupada II.

Montessori entende não apenas a atividade física, mas também a atividade mental e reflexiva. A base deste princípio é a educação ativa, na qual a criança aprende pela experiência e pela repetição sistemática. Desde muito cedo as crianças fazem exercícios,
através dos quais aprendem a dominar a si mesmas, coordenando movimentos e controlando ações.
Completando com as idéias de Piaget sobre o processo de construção do conhecimento e seguindo os delineamentos da psicologia genética, todas as tarefas supunham uma interação entre o sujeito e o objeto de conhecimento.

Disciplina: Didática, Planejamento e Avaliação – 2009/2
Texto: Alguns materiais propostos por Montessori
Postagem no Rooda em Novembro/2009.

Disciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II
Postagem no Rooda 14/03/2009 – Texto: DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM -Jean Piaget

A autonomia...




Os argumentos da semana foram de reflexão no uso do computador na sala de aula. Foi admiravel perceber a autonomia das crianças na utilização das ferramentas do programa Paint. As imagens são as evidências apresentadas nas aprendizagens.
É fundamental respeitar essa autonomia e individualidade de conhecimentos de cada criança.
Para Paulo Freire a autonomia faz parte da própria natureza educativa. "Sem ela não há ensino, nem aprendizagem." Pedagogia da Autonomia -Paulo Freire
Este contexto de experimentações me motivou para a construção de páginas individuais com as crianças.
Esta nova construção será no ritmo das crianças que tem a idade de 2 a 3 anos e conforme o interesse de cada um.

Hora do Conto...


A leitura foi do clássico "Os tres Porquinhos", história contada com duas versões diferentes. Um livro com a história tradicional que tem o lobo mau. O outro livro como se fosse uma continuidade da versão do primeiro e não tem o personagem lobo mau. O objetivo foi as crianças perceberem que a história pode ser contada de outras maneiras.
Os argumentos para a hora do conto é um momento onde o leitor se transforma, interpreta, faz entonações de voz diferente para incentivar as crianças no transporte para o universo da história. Isso ficou evidente na prática realizada dia 10 de maio com a turma de estágio, a Agrupada II.
Para uma análise realizei a leitura do texto "Encantos para Sempre" do Bloco 5 da Disciplina Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem do PEAD.
"Essas histórias sempre funcionaram como uma válvula de escape para as aflições da alma infantil e permitiram que as crianças pudessem vivenciar seus problemas psicológicos de modo simbólico, saindo mais felizes dessa experiência. Davam-lhes a certeza de que no final tudo acabava bem e todos iam ser felizes para sempre."
Foi importante a leitura do texto para argumentar sobre a teoria em relação a prática. A reação das crianças durante e logo após a leitura. A necessidade deles foi de ver as imagens do livro, pegar o livro, folhear e contar a história e a página onde ficavam mais tempo era a última, o final da história, é lá que está o final feliz.
Referências: Prática de estágio dia 10-05-2010
Texto: "Encantos para Sempre" de Ana Maria Machado - postagem no "Rooda" dia 29-10-2007



Aprendizagens Matemáticas


Evidenciar qua a aprendizagem do número não é somente com a apresentação deste, mesmo que esta apresentação envolva etapas importantes como, escrever o número no ar, na água, na areia, no quadro de giz, passar o dedo sobre o número de lixa, pintá-lo, etc. Após as etapas desenvolvidas realizei uma proposta de atividade para quantificar este número com tampinhas de garrafas e dado. Percebi então a dificuldade em separar a quantidade de tampinhas que saiu no dado( 1, 2 e 3- representados com bolinhas) relacionadas ao mesmo número da atividade de apresentação.
Para argumentar sobre essa etapa de aprendizagem das crianças fiz a leitura do texto “Desenvolvimento e Aprendizagem” de Jean Piaget postado na disciplina de Psicologia II.
"O conhecimento não é uma cópia da realidade. Conhecer um objeto, conhecer um acontecimento não é simplesmente olhar e fazer uma cópia mental, ou imagem, do mesmo. Para conhecer um objeto é necessário agir sobre ele. Conhecer é modificar, transformar o objeto, e compreender o processo dessa transformação e, conseqüentemente, compreender o modo como o objeto é construído. Uma operação é, assim, a essência do conhecimento. É uma ação interiorizada que modifica o objeto do conhecimento. Por exemplo, uma operação consistiria na reunião de objetos em uma classe, para construir uma classificação. Ou uma operação consistiria na ordenação ou colocação de coisas em uma série. Ou uma operação consistiria em contagem ou mensuração."
Na teoria piagetiana as crianças nessa idade se encontram em estágio de operações concretas e ainda não sobre hipóteses expressadas verbalmente como na atividade montessoriana da apresentação do número de lixa. Mesmo assim considero a proposta da atividade positiva. A sala de aula montessoriana se destaca pela grande variedade e riqueza de materiais pedagógicos(blocos lógicos, barras de madeira de diversos tamanhos, cubos de diversos tamanhos e muitos outros) expostos para o livre manuseio das crianças o que vem contribuir na operação concreta. O que tenho realizado durante as atividades livres com os materiais pedagógicos é a interação com as crianças enquanto trabalham com perguntas. Como faria diferente, se dá para separar de outra forma, enfim, perguntas que levem as crianças a refletir sobre o material diante deles.
Referências: UFRGS – PEAD 2009/1 Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II
Texto: Desenvolvimento e Aprendizagem - Jean Piaget

Liberdade e Disciplina



A prática na escola montessoriana evidencia um novo conceito de liberdade e disciplina.
Para Montessori, liberdade é uma consequencia do desenvolvimento das capacidades latentes, auxiliadas pela educação. É a construção da personalidade, alcançada pelo próprio esforço e pelas suas próprias experiências. A disciplina nasce quando a criança concentra sua atenção em algum objeto que a atrai e que, ao mesmo tempo, lhe oferece atividade. Graças aos exercícios, a atividade, uma integração acontece na alma da criança e em consequencia disso, a criança se torna calma, feliz, ocupada construindo seu saber. (Pedagogia Científica, 1965)
As idéias de Maria Montessori continuam sendo muito difundidas em vários países do mundo, simplesmente porque a essência da sua obra tem como ponto de partida a VIDA. O homem, enquanto expressão viva da natureza, deve ser orientado no sentido de construir-se como criatura autônoma, produtiva, solidária, criativa e verdadeiramente humana (Teorias da Aprendizagem,2003).
As citações teóricas são os argumentos e a realização das práticas no dia-a-dia escolar são as evidências. A "Aula de Linha" realizada no dia 28-04 me conduziu para a reflexão semanal. Descrição da aula: foi demarcado no chão com fita crepe um grande circulo, no centro foi colocado um tapete com uma bandeja contendo o material para aula( 1 vela, fósforo, apagador de vela). Primeiramente a professora coloca uma música instrumentalizada de relaxamento e começa a caminhar sobre a linha demarcada(circulo). As crianças seguem a professora em silencio e depois todos sentam sobre a linha. A professora faz a apresentação do material da bandeja, pergunta se conhecem e o que é cada material, para que serve e como vai ser a realização da atividade. Todos precisam estar em silêncio para a concentração.
A etapa seguinte a professora acende a vela e passa para a criança a sua esquerda que deve observar a chama da vela e passar para o coleguinha ao seu lado, assim, até passar por todos chegando novamente até a professora. Ela coloca a vela na bandeja e demonstra como apagar a vela com o apagador de velas. São chamados um de cada vez para apagar a vela, toda vez que ela é apagada a professora a acende novamente até todas as crianças realizarem a tarefa. Terminada essas etapas todos fazem um desenho sobre o que sentiram durante a atividade. Oberva-se que ainda estão em concentração durante esta etapa final da "Aula de Linha".
Após a realização da atividade, no transcorrer da semana, percebeu-se mais envolvimento, mais integração das crianças nas outras propostas de atividades.

Bibliografia:
PARIZ, Josiane Domingas Bertoja. Teorias da aprendizagem. In: RODRIGUES, Amir Sandro e outros (org). Curitiba: IESDE,2003.
Pedagogia científica: a descoberta da criança. São Paulo: Flamboyant,1965
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